segunda-feira, 31 de agosto de 2009

Ano novo, vida nova!...


Não, não estou louca. Para mim é mesmo Ano Novo!... É que a escola e o ensino estão de tal forma enraizados em mim que os anos que contam são os lectivos e não os civis. Por isso, para mim, hoje é véspera de Ano Novo e por conseguinte é véspera de mudança. Tenho na boca aquele gostinho a novo, a surpresa, a coisa boa! Tenho no coração a alegria da expectativa e da antecipação. E estou feliz! Até o dia me parece diferente... Há mais luz, mais claridade... Só me apetece cantar...Há também a certeza que estou em casa e que desta vez o jogo está a meu favor. Vou finalmente poder abrir as asas e voar. Vou finalmente poder dar asas à imaginação e pôr tudo o que tenho cá dentro ao serviço. Vou finalmente voltar a ser eu e poder amar livremente, sem maus juízos, sem invejas, sem censuras e más interpretações. Já alisei as penas, fortaleci as asas, verifiquei os ventos. O espaço está livre, o oceano calmo. Do cimo do penhasco observo...Tudo convida ao mergulho.Finalmente posso voltar a voar livremente, finalmente posso voltar a ser EU! Entendem agora porque é que estou feliz?

sábado, 29 de agosto de 2009

Em maré de poesia...


Se é que a estas rimas se pode chamar poema. São momentos em que as palavras saltam de dentro e eu não as consigo parar...
Então aqui vai:

Douro

Por entre altos montes vai correndo,
Águas profundas que aparentam calma,
Sem sobressalto, sempre murmurando,
Beleza imensa que renova a alma.

À sua volta a vida de rompante
Surge das águas, mistura-se com elas
Tudo é verde, frondoso e num instante
Sentimos que fazemos parte delas.

É azul, verde, castanho, cor de ferro,
Tem um brilho intenso, que o sol lhe traz
É magia e sonho, sabor a eterno…
Imensidão, beleza, plenitude e Paz!

Douro, Agosto de 2009

quinta-feira, 27 de agosto de 2009

De volta...


É bom estar de volta a casa.
As férias foram excelentes. Primeiro no Norte, entre o Douro, o Minho e o glorioso Porto, entre paisagens assombrosas e os mimos da família e dos amigos. Aí, ainda com internet e portanto com as férias apenas a metade.
Depois na Costa Alentejana, entre a areia, o Mar, os amigos o Carlos e a Ana. Foram verdadeiramente férias... grandes caminhadas, belos banhos de mar,conversas pegadas, risos sem fim e momentos de beleza infinita. Vim com o corpo descansado e a alma limpa. (E com muitas saudades da internet...)
Agora, com as baterias recarregadas, é recomeçar com toda a garra e todo o empenho.
Foram umas belas férias!!!

Sete horas…

Pelas dunas soprando de mansinho,
A brisa da manhã traz até nós
Cheiro a maresia, a algas, rosmaninho,
Alecrim e poejos, a menta e noz.

E o Mira preguiçoso toca as margens,
Cantando uma canção suave e calma.
Nele os barcos balançam lentamente
Ao sabor da corrente, sua alma.

Lá ao fundo na foz, batendo as rochas,
Parecendo enfurecida, a maré
Vai chamando, qual mãe ansiosa
Pelas águas do rio, parado ali ao pé.

Juntinho ao rio e ainda adormecido,
Entalado entre as dunas e os pinhais
O casario branquinho de Milfontes
À luz do sol nascente brilha mais.

No ar plana um bando de gaivotas,
Nos telhados vermelhos, nos beirais,
A vida vai surgindo e a pouco e pouco,
Vão acordando rolas e pardais.

Vila Nova de Milfontes, Agosto de 2009

domingo, 16 de agosto de 2009

Desabafos...


O tempo vai passando e eu não consigo esquecer...
Porque será que por mais que se procure dar o nosso melhor a cada momento, que se procure construir, que se procure criar um ambiente de bem-estar à nossa volta, há sempre quem procure empurrar-nos para baixo, desvalorizando o nosso trabalho e dando-lhe uma conotação negativa que nós nunca pensámos existir...
Quando cheguei à Brandoa não cheguei feliz. Já tinha trabalhado noutros ambientes difíceis e por conseguinte já sabia o que me esperava... mas cheguei de coração aberto e decidida a dar o meu melhor, a partilhar o que tinha e a pôr-me ao serviço, porque a escola é um organismo vivo que requer o nosso empenho e depende de cada um de nós e seu bom ou mau funcionamento.
Acho que servi bem, criei boa relação com as crianças e com os Pais e com os colegas, mas... Há sempre um mas...Ao longo dos três anos em que estive na Brandoa também guardei muitas mágoas no coração, que procurei mandar para um cantinho escuro de mim, mas que continuam a teimar vir à superfície e me têm impossibilitado de fazer aquilo que mais gosto, escrever. Por isso decidi gritar aquilo que me faz mal e não me deixa avançar...
O que me magoou? Muitas coisas...
A agressividade, a prepotência, a inveja, o mau feitio... As más caras, o ouvir constantemente dizer: "Têm que fazer" em vez do "Vamos fazer", a falta de um sorriso pela manhã, todos os dias que começámos sem um "bom dia", a ignorância, a insegurança escudada pela prepotência e tantas outras coisas... Que pena viver três anos assim... Teria sido bastante mais fácil se em vez da prepotência fossem usados sorrisos. Assim em vez de saudade ficou a mágoa...Ainda bem que existiram as crianças. Sem elas teria sido impossível sobreviver...
Uma palavra de agradecimento às duas colegas que comigo repartiram estes tempos complicados, que muitas vezes me ouviram e a quem muitas vezes ouvi, que muito partilharam comigo e com quem muito partilhei. Foi bom trabalhar com elas. Uma palavra de agradecimento à colega do apoio que foi uma aliada fantástica É uma grande profissional. Uma palavra de agradecimento aos Pais que sempre me apoiaram, que me confiaram os seus filhos e que me ajudaram a construir escola. Um agradecimento aos órgãos de gestão que sempre me trataram com muito respeito e muita humanidade. Fazem um excelente trabalho. Aos outros, desejo do fundo de coração que repensem no seu modo de estar e de agir e que se lembrem que não é com má cara com prepotência que conseguem liderar. O verdadeiro líder é aquele que serve e nunca aquele que pensa que manda...
Finalmente fechei este ciclo. Finalmente gritei o que me ia dentro...
Não valeram de nada as difamações, as perseguições e as tentativas de denegrir o nosso trabalho, as más caras e as ameaças...O tempo passou e, apesar de todos os obstáculos que puseste no nosso caminho, nós fizemos um bom trabalho. Fechámos o ciclo e fizemos o nosso melhor. Nada do que possas fazer ou dizer pode apagar o que de bom fizemos...

Homenagem


Um encanto, este poema!
Pelo menos para mim, que acredito em felicidade e em magia! Acho que é de família!!!

DUENDES

Andam duendes à solta
Nalguns caminhos 'scondidos,
Só quem apura os sentidos
Pode senti-los à volta.

Ouvem, alguns, gargalhadas,
Outros só ouvem gemidos,
Nesses atalhos seguidos
Em noites mais estreladas.

É nesse mundo risonho,
Sem um temor desmedido,
Que cause dor, ou revolta,

Que, quem viveu um tal sonho,
Se mostra mais convencido
Que andam duentes à solta.

Vítor Cintra

quarta-feira, 12 de agosto de 2009

O Douro é...

Para mim o Douro é...

domingo, 9 de agosto de 2009

Douro...

Sempre adorei o Douro! Tenho visto muitas coisas bonitas, muitos destinos turísticos, mas como o Douro, não há igual!
Mais uma vez ando por cá e o encanto é o mesmo. No Douro descanso, no Douro reencontro a paz!...




sexta-feira, 7 de agosto de 2009

Uma História de gatos

Como este é um blogue que fala de Gatos, aqui fica uma história redonda, constuída pelas crianças da sala nº4 do JI Brandoa 2, a partir do livro "Desculpa, por acaso és uma bruxa?", do Plano Nacional de Leitura.




Eu queria postar esta história na barra lateral... Mas como não consegui, deixo-a aqui.

quinta-feira, 6 de agosto de 2009

Infância...

"Porque razão Deus põe no começo, tudo o que há de melhor na vida?"
Vitor Hugo






"A Infância, esse grande território de onde saíu cada um de nós!... De onde sou eu? Sou da infância. Sou da minha infância como de um país!!!"
Antoine de Saint Exúpery
Terre des Hommes