domingo, 27 de setembro de 2009

Domingo


Hoje é domingo e domingo, para mim, é sinónimo de Paz.
Paz porque o dia se espraia a meu belo prazer. Paz porque a família está junta, sem pressas. Paz porque vou à Missa. Sim, todos os domingos vou à Missa. Porquê? Porque sinto que Deus me ama e como Ele nos pediu "Fazei isto em memória de mim", eu vou à Missa porque esta é uma forma concreta de O amar.
...E depois há o silêncio. Em que outro local, pelo menos na cidade, se tem um silêncio de qualidade, como dentro de uma igreja? E é no silêncio que o meu coração repousa. É no silêncio que a minha alma se alarga e se alimenta. E depois, Deus, no Seu infinito Amor por nós, está lá sempre à nossa espera. Por isso, quando entro na igreja, descanso, rejubilo, cresço, alimento a minha alma, sou feliz e sinto-me em Paz! Lá está à espera a Vida, lá o meu coração repousa...
...para recomeçar o seu andar!
Hoje é domingo, e domingo é dia de Paz!

terça-feira, 22 de setembro de 2009

Luz e escuridão...


Estou feliz, imensamente feliz. Voltar a Valejas foi um presente que nem ousava desejar e afinal estou mesmo cá, na luz, no sol, em casa. Às vezes pergunto-me como é que sobrevivi àqueles três anos de más caras e de escuridão. Valeram-me as crianças e as famílias. Valeram-me a Estela e a Alcina e o desejo imenso de viver na luz. De manhã, quando me metia no carro e entrava na Crel, dava um último olhar à Serra de Sintra e pensava: "São só seis horas". Mas parecia uma vida… Enquanto conduzia ia conseguindo ver e agradecer as coisas bonitas da paisagem, mas quando chegava ao alto da Brandoa, quando começava a descida entre os prédios altos e colados uns aos outros, começava a faltar-me o ar e a tristeza atacava. Já sabia que o dia ia ser de más caras, de meias palavras, e de pouca clareza. Por isso chegava em cima da hora e fechava-me na sala. Lá, estava entre amigos, lá as crianças eram sinceras e os pais e avós eram afáveis e reconheciam o trabalho. Tenho muitas saudades deles, gostava de os ver, de os encontrar, de os abraçar, de lhes dizer o quanto foram e são importantes na minha vida, mas nunca, nunca mais quero ir para aqueles lados... Não são só as crianças que não gostam do escuro, eu também não!... Mas não é o escuro da noite que me assusta. É o escuro das almas. É a tristeza, a desarmonia, as sombras e durante três anos foi assim que me senti. Só dentro da minha sala é que me sentia na luz... Ainda me arrepia aquele corredor comprido, feio,frio e escuro que levava à minha sala... Não importava a quantidade de trabalhos que se punham nas paredes. A escuridão era realmente impenetrável.
A diferença entre aquele tempo e agora, é que eu entrava e saía da escola sempre com sombra, e quando, na hora do almoço brilhava o sol, era um sol implacável, a pique que nos cegava de tão forte.
Agora, que diferença, entro e saio com luz. O dia tem manhã, tarde e noite e eu nunca tenho a sensação que é escuro. Tudo brilha, tudo está no lugar! Como agradecer tamanho dom?

sexta-feira, 18 de setembro de 2009

Eu sonho...


Eu sonho...
... com um novo mundo, um mundo de Paz, de gente feliz e de Homens novos!!!
Eu sonho...
... com uma nova escola, uma escola activa, viva, inclusiva, onde cada um tenha o seu lugar!!!
Eu vejo...
... tantos narcisistas, só para si voltados, tanto egoismo, amargura e dor...
Eu vejo...
...Um mundo pesado, feito de passado, de coisas pequenas e de desamor!
Eu quero...
...Um mundo melhor, mundo de justiça, de Paz, de partilha, onde cada homem possa ser feliz!
Eu luto...
...por um novo mundo, um mundo melhor, mundo de harmonia, alegria e amor!
Eu sei...
...sei que o caminho nunca será fácil, mas que é possivel, eu tenho que crer.
Depende de mim, de ti , de cada homem e desta nova escola que está a nascer.

A todos os professores que heroicamente e com tão poucos recursos, lutam e promovem esta nova escola.

terça-feira, 15 de setembro de 2009

Ideias...


Estou mesmo sem ideias. Agora que tenho um blogue onde posso escrever o que me apetecer, estou sem ideias ou, quando elas surgem estou sempre nalgum local onde não posso escrever.
Por isso, como não tenho nada de "estrondoso", nem poético, nem fantástico para contar, aproveito esta minha faltinha de ideias para dizer obrigado a todos quantos me vão aturando...
Amigos, é muito bom partilhar estes momentos convosco, nem que sejam apenas momentos como estes, momentos em que faltam as ideias!!!

domingo, 6 de setembro de 2009

Fazer parte de...


Hoje é domingo. Sentada no carro, com o rádio ligado baixinho, sintonizado na Antena 2, observo o que me rodeia e espero que o Carlos termine os seus afazeres... É assim todos os domingos!
Não, não estou aborrecida. Estou apenas a observar e a tornar-me assim também, parte do que observo, neste caso o vale da ribeira de Barcarena.
Adoro este vale! É um luxo no meio da cidade... Soalheiro, verdejante, pujante de vida, sobrevive entalado entre Tercena, Leceia e Valejas.
Ao longe vê-se o mar... No ar plana um casal de águias em perfeita sintonia! Sinto alargar a alma e repousar o coração. Também eu faço parte disto...
Nos muros derrubados da Barcarena de outros tempos, gatos vadios e coloridos dormem ao sol. Os pássaros piam e as rolas, em voo livre, cruzam o vale. Talvez, se tiver sorte, consiga ver os patos da ribeira, agora depoluida.
Por isso não estou nada aborrecida e até espero que o Carlos ainda demore um pouco mais! É que este vale de Barcarena tem o condão de me limpar a alma!

quinta-feira, 3 de setembro de 2009

3 de Setembro...




"Nas grandes águas de minha Mãe nasci, um dia em pleno Verão. Uns meses antes, em pleno Inverno, tinha havido fogo de artifício entre meus Pais. Era o sol da vida!"

Antoine Saint Éxupery
Terre des Hommes

terça-feira, 1 de setembro de 2009

Estou na Lua...



Estou na lua
Não me chateies
Que agora estou na lua,
E em breve vou chegar ao céu...

Sim, estou na Lua. Já começou a viagem deste novo Ano Lectivo, e com ele vieram as reuniões e os papeis, mas vieram também os amigos, e é tão bom estar entre os amigos! Nos outros anos também estava entre amigos, e alguns deixaram no meu coração laços que nem o tempo vai conseguir apagar, mas agora estou em casa! Agora tudo é diferente. Tudo é luz, tudo é cor, tudo é alegria e família. E depois há o verde dos campos e dos jardins... Eu sempre me senti mal sem verde. O cimento atrofia-me e deixa-me triste. E foram três anos de cimento, de profundezas e de asfixia. E agora tenho ar, sol, arvores para trepar, flores para apanhar, terra para mexer e animais por perto. Estou feliz, estou mesmo muito feliz!!!
Acho que em breve vou chegar ao céu!!!