quarta-feira, 10 de agosto de 2011

Elvas


Elvas
Escorrendo p´la encosta, alva e bela,
Da prisão na muralha faz vantagem,
Fundindo-se com ela numa estrela,
Exibe-a bem ao longe na paisagem.

O casario é branco e arrumado,
As ruas são direitas, parecendo,
Adormecidas num tempo eternizado,
Em que o silêncio toma novo alento.

E o meu coração perdido na cidade,
Arrebatado por ela, pode assim,
Vaguear no seu espaço e com vontade,
Viver com ela uma paixão sem fim.

E mesmo tendo plena liberdade,
De se perder por um qualquer jardim,
Por amar loucamente esta cidade,
Arrastou-a p´ra bem dentro de mim!

Lisboa, Agosto de 2011